Casca de pinus – proveniente da indústria de produção de madeira, resíduo que tem sido aproveitado após pesquisas, como ornamento de jardins e mais recentemente como substrato para produção de estacas de plantas.

Seu pH é baixo 3,7, apresenta relativa retenção de água nas granulometrias menores como as de 5 a 7mm.

Apresenta grande quantidade de tanino e lignina e deve ser parcialmente decomposta e sofrer lixiviação para evitar que afete o desenvolvimento das plantas.

Casca de arroz carbonizado – proveniente da indústria de beneficiamento do arroz e queimada em fornos como combustível ou in natura para queima pelo produtor, tem sido o material mais barato, leve e que mais resultados tem dado para a produção de estaquia e sementeiras.

Dos seus componentes possui traços de nutrientes  ( 0,7%N,0,2%P e 0,32%K), baixa retenção de água, pouca densidade e baixa compactação, o que a torna ideal para sementeiras e estaquia em tubetes.

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Areia – usada em construção civil possui várias granulometrias e é facilmente encontrada.

A compactação aumenta conforme diminui a granulometria, tem baixa capacidade de retenção de água e é mais eficiente em enraizamento de estacas e como mistura com outros substratos.

Espuma fenólica – oriunda da indústria petroquímica, este material foi testado com sucesso na formação de bandejas para sementeiras.

Não é biodegradável.

 substratos - Perlita

Perlita – material vulcânico processado na indústria com vapor para expansão, é inerte, pH 7,0, mantém temperatura estável mesmo ao sol,capacidade de manter umidade para estaquia e sementeiras.

Pode ser usada sozinha ou em misturas com turfa e cascas de tungue, pinus ou coco.

Isopor – tem sido usado para arejamento de substratos, é inerte, leve e não retém água. Insolúvel e dificilmente degradável, poluente.

serragem

Serragem – proveniente do beneficiamento da madeira tem alta quantidade de lignina e tanino.

Pode ser de granulometria grosseira até fina, tem grande capacidade de retenção de água e serve para misturas com outros substratos.

Tijolo reciclado – sobras de demolições, tem sido testadas como substrato para plantas após ser moído e lavado.

Contém restos de cimento o que torna inviável para cultivo de plantas tipo azálea.
É usado na Europa como base de substrato para telhado vivo.

 substratos -  brita

Brita – material da construção civil tem sido usado com sucesso no cultivo de orquídeas e bromélias.

Tem baixa retenção de água e nutrientes, e não degrada, mas é pesada para vasos pendentes.


 substratos -  Húmus de minhocaHúmus de minhoca – cultivadores comercializam a terra processada pela minhoca para uso em substratos, misturada com outros ingredientes.

Contém muitos nutrientes, nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, ferro, manganês, enxofre, zinco e boro. Seu pH é 7,0.

Têm nutrientes disponíveis para as plantas e faz excelente composto.

Outros substratos que têm sido cogitados e alvos de pesquisas:
composto de lixo domiciliar, cascas de frutas da indústria de frutas, fibras de plantas diversas, cascas de vime, sementes e cascas de algodão, aguapé, bagaço de cana, resíduos de papel.

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Miriam Stumpf é engenheira agrônoma formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ministra aulas de jardinagem e paisagismo sustentável e é autora de vários livros, entre estes o Guia de Produção para Plantas Medicinais, aromáticas e flores comestíveis. Faz projetos de paisagismo sustentável.