Como cuidar de plantas em jardineiras e vasos grandes

Existe, sim, uma diferença entre cuidar de plantas em vasos menores e em jardineiras e vasos grandes. Mesmo em varandas, terraços ou apartamentos as verdinhas que ocupam recipientes amplos são um pouco mais exigentes – mas nada que você não possa dar conta com algumas dicas. Acompanhe a seguir.[clear]

Preste atenção à movimentação do sol

É importante ficar de olho na orientação solar do espaço. Plantas de meia sombra ou sombra não devem ficar em jardineiras e vasos grandes com orientação Norte e Oeste. Isso porque suas folhas serão sensíveis ao sol mais forte.

Por outro lado vegetais que pedem cultivo ao sol serão afetadas pela falta dele em jardineiras com orientação Sul. Como haverá sombras da edificação o dia todo, é provavel que as flores não desabrochem ou façam isso em menor quantidade.

Para Leste, certifique-se de que o sol estará presente até o meio-dia. Espécies de folhagens mais sensíveis, tais como as begônias, ainda ssim poderão apresentar queimaduras.

Plantas em jardineiras e vasos grandes: escolha as espécies certas

plantas e arbustos em vasos grandes

Se o vaso grande ou a jardineira estiver num lugar onde há vento constante, ou este é muito forte, evite mudas de folhas mais delicadas. Afinal tanto elas próprias quanto os caules poderão se rasgar ou se partir.

Vale lembrar que plantas para jardineiras mais rasas não devem ter raízes muito grandes verticalmente. Isto prejudicaria seu desenvolvimento.

Para arbustos como dracenas, por exemplo, a profundidade mínima é de 0,60 m. Já para azaléas anãs poderá ter 0,25 a 0,35 m de profundidade.

Regando vegetais em jardineiras e vasos grandes

É claro que as regas deverão ser feitas de acordo com o tipo de planta e a exposição do sol. Mesmo assim existem dicas básicas.

Jardineiras de alvenaria dentro da estrutura do prédio tendem a esquentar menos quando o sol incide sobre elas. Contudo as que se encontram no balcão externas ao prédio, penduradas, tendem a drenar com mais facilidade. Ou seja, o substrato secará com mais velocidade.

O mesmo ocorre com jardineiras de plástico. Elas até são as preferidas, já que são leves e mais baratas. Mas tendem a secar muito a terra quando expostas ao sol durante a tarde, o que poderá prejudicar as plantas. As regas deverão então ser mais frequentes.

Evite molhar as folhas. Regue apenas o substrato.

Melhores substratos para jardineiras e vasos grandes

Conforme vimos algumas jardineiras facilitam o ressecamento do substrato. A saída é escolher aqueles que contem quantidade mínima de areia, já que esta tende a ajudar na drenagem.

Vale a pena apostar na adição de um pouco de adubo animal de curral bem curtido, misturado com composto orgânico e areia, numa proporção de 2: 4:1. as outras combinações poderão ser feitas, de acordo com as plantas em questão.

Cactos e suculentas, por outro lado, são plantas cultivadas com areia e húmus de minhoca numa proporção de 3:1. Acrescente elementos de textura mais grosseira, como cascalho fino e composto de folhas bem particulado.

O material inerte ajuda na aeração, evitando a compactação ocasionada pelas regas e o peso das plantas, mas o material orgânico permitirá manter a água sem que fique compactado impedindo a percolação excessiva das águas de regas.

Adubação

jardineira flores

Se todas as dicas até agora estiverem sendo observadas a reposição de nutrientes poderá obedecer as regras que se aplicam a cada espécie. De modo geral plantas de folhagem poderão receber adubação a cada 6 meses ou uma vez por ano, na estação das chuvas ou no inverno do Sul.

Já as que entram em dormência, perdendo folhas, poderão ser adubadas no período em que a muda está começando a apresentar brotinhos. Significa que está finalizando a dormência e se preparando para a nova estação.

Plantas que dão flores precisam ser adubadas antes do período em que elas desabrocham. Essa dose extra de nutrientes ajuda muito no florescimento. Depois que as flores aparecer é importante entrar com mais adubo, para repor suas energias.

A adubação poderá ocorrer de dois modos: colocação de substrato composto com adubos animais e/ou químicos ou na forma líquida.

Adubo animal em vasos grandes ou jardineiras

Quando a terra da jardineira está um pouco mais velha ela acaba ficando mais compactada. Resultado: o nível do substrato em jardineiras e vasos grandes fica um pouco mais baixo, a ponto de revelar um pouco das raízes.

Se isso acontecer, complete o nível com material semelhante ao do plantio da muda, preenchendo os vazios. Regue em seguida: molhar a terra depois permite que tudo se acomode e as plantas recebam os nutrientes repostos.

Jardineiras e vasos grandes: adubo líquido

Uma boa dica para o caso de jardineiras e vasos grandes que possuem o nível correto de substrato é apostar na reposição de nutrientes em modo líquido.

De maneira geral o correto é o granulado NPK, de formulação 10-10-10 para plantas de folhagens e 4-14-8 para as mudas floríferas. Mas o incrível bokashi líquido, totalmente orgânico, também resolve a questão.

Muitas empresas que fazem manutenção de vasos em ambientes corporativos encontram assim a solução para manter as plantas saudáveis sem que seja preciso fazer sujeira no ambiente, com sacos de terra e toda a movimentação que isto exige.

Dissolva o granulado em água e coloque sobre o substrato, ao redor da muda. A terra  deverá estar previamente umedecida – isso facilita a percolação dos sais de adubo para o interior do substrato, alcançando as raízes.

Evite que essa mistura líquida alcance o caule e nas folhas da muda: isso poderá ocasionar manchas de queimadura. Se acontecer, lave as folhas.

É importante limpar as folhas

Falando nisso a limpeza de folhas grandes, como nas dracenas, poderá ser feita com estopa e água. Mas sempre à sombra.

Espécies com folhas sensíveis à borrifadas ou pano úmido, tais como a begônia ou violetas, utilize um pincel seco de cerdas bem macias. Passe com cuidado para retirar a poeira das folhas.

Algumas palmeiras como a ráfis (Rhapis excelsa) são beneficiadas com água borrifada periodicamente. Evita-se assim que fiquem com a ponta das folhas secas. Serve para locais internos e externos.

A limpeza de folhas secas e flores mortas deverá ser frequente, evitando a má aparência. Como se pode prever, a manutenção de jardineiras dá trabalho, sendo compensado pela beleza da fachada da residência.

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Joana Coccarelli
Joana Coccarelli é jornalista com foco em design, arquitetura, paisagismo, cultura e consumo.
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