Nome Botanico:  Senecio rowleyanus H.Jacobsen

Nomes Populares :  colar-de-pérolas, rosário, ervilhas-da-sorte

Família :  Angiospermae – Família Asteraceae

Origem:  Sudoeste da África

Colar de pérolas (Senecio rowleyanus) – Descrição:

Planta herbácea perene suculenta e rasteira é cultivada como pendente.

Suas hastes podem atingir de 0,60-1,00 metro de comprimento.

As folhas são de cor verde, podendo assumir um tom bem claro durante a época do verão.

São de forma esférica parecendo uma pequena ervilha e de mesmo tamanho, cerca de 0,5 cm de diâmetro.

O pecíolo é quase séssil e dele parte uma linha em tom verde mais escuro meio transparente, terminando numa pequena ponta, semelhante a uma pérola como o acabamento para brincos.

Suas flores são em capítulo, brancas e com estames coloridos de púrpura, têm perfume de canela e floresce na primavera.

Esta planta tolera temperaturas amenas, mas desenvolve-se bem no calor, podendo ser cultivada no país todo.

Colar de pérolas (Senecio rowleyanus) – Modo de cultivo :

Cultiva-se em vasos como pendente que é quando assume toda a sua beleza e exotismo.

O local de cultivo deve ser de muita luz, evitando-se o sol direto em regiões quentes e durante o verão.

Uma exposição para o sol da manhã e proteção dos raios fortes da tarde parece ser o melhor para esta planta.
Nas estações de temperatura mais alta, as regas deverão ser abundantes e espaçadas, quase deixando secar o substrato.
No inverno diminuir a quantidade de água para evitar o aparecimento de fungos que poderiam apodrecer a muda.

O substrato de cultivo deve ser bem poroso e bem drenado com elementos de textura grosseira.

Usar húmus de minhoca misturado a composto orgânico de folhas de textura grosseira e areia em partes iguais.

O recipiente deve ter a boca larga, não necessitando de muita profundidade.

Proteger o fundo do vaso com manta geotêxtil e areia úmida para permitir a vazão da água.

Colocar parte da mistura no fundo, acomodar a muda e preencher com o restante do substrato. Regar a seguir.

Manter em cultivo protegido do sol e da chuva. Seu florescimento não ocorre em todas as regiões.

Para que se possam apreciar as flores, necessita-se de temperaturas mais baixas no inverno, em torno de 13 até 16 0C, deixando o substrato mais seco, mas não pulverulento.

O frio promove o florescimento da muda na primavera.

A adubação de reposição pode ser feita no final do inverno, antecipando a estação de florescimento e crescimento.

Usar adubo granulado NPK formulação 10-10-10, cerca de uma colher de chá por vaso, diluído em 3 copos de água.

Um dia antes umedecer o substrato para a formação de um bulbo úmido.

No dia seguinte colocar 1 copo da mistura de água e adubo no substrato do vaso, evitando molhar as folhas e hastes.

Uma dica boa é usar recipientes de tinta para cabelo, que tem aquele tubo estreito e longo.
Lavar bem com água e detergente para retirar os resquícios da tinta, enxaguando com bastante água.
Reservar este frasco para colocar o adubo nesta planta e também em violetas e gloxínias que têm muitas folhas junto ao substrato.

Colar de pérolas (Senecio rowleyanus) – Propagação:

A propagação deste senécio pode ser feita com a técnica da estaquia.

Cortar um pedaço de 10 cm da haste com as folhinhas.

Preparar um recipiente com areia, casca de arroz carbonizada, perlita ou vermiculita, regando abundantemente e deixando escorrer toda a água.

Deitar a haste sobre o substrato, procurando aderir bem os entrenós abaixo das folhas com a terra.

Esta planta costuma enraizar nos entrenós ao tocar o solo do vaso. Facilmente poderemos obter mudas desta forma.

A melhor época é a primavera até o início do verão, quando a planta está na fase de crescimento.

Manter o recipiente coberto com plástico e em cultivo protegido até notar a emissão de novas folhinhas.

Transplantar então para vasinhos contendo mistura semelhante ao explicado neste texto.

Colar de pérolas (Senecio rowleyanus) – Paisagismo:

Excelente planta para usar como pendente em meios-vasos pendurados na parede e sob ramos de árvores.

Recomendamos também seu uso em placas de fibra de coco com recipientes acoplados junto com ripsális (Rhipsalis) LINK ou outra suculenta pendente, o efeito é muito bom.

Ideal para cultivo em paredes vegetadas e jardins verticais em locais de meia sombra com boa iluminação indireta.

 

Miriam Stumpf é engenheira agrônoma formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ministra aulas de jardinagem e paisagismo sustentável e é autora de vários livros, entre estes o Guia de Produção para Plantas Medicinais, aromáticas e flores comestíveis. Faz projetos de paisagismo sustentável.