Por que se transplanta uma árvore ou uma palmeira?

A árvore ou a palmeira poderá estar enraizada em viveiro ou em local onde trará problemas para o trânsito, abertura de novas ruas, novos empreendimentos de edificações, etc..
Atualmente é um procedimento muito usado, principalmente por prefeituras.

Plantas de tamanho padrão não são mais desejadas. O padrão de viveiro é de 1,50 até 2,50 metros de altura e o preço é mais acessível para grandes empreendimentos.

As mudas em tamanho padrão são mais jovens, estão na fase de crescimento e têm mais possibilidade de sobrevivência. Seu sistema radicular não tem o mesmo diâmetro de uma árvore adulta, então o torrão tem menor peso e é mais fácil para as operações de transporte e plantio.

Quando decidir se vale a pena o transplante da árvore

Árvore recém transplantadaProjetos polêmicos de implantação de espécies arbóreas de grande porte estão em grandes cidades brasileiras e causam muitas opiniões prós e contras.

Os valores gastos com as mudas de maior porte, logística de transporte e plantio mais sofisticadas oneram os cofres públicos.
Muitos viveiros estão localizados a grandes distâncias e a sobrevivência das mudas poderá ficar comprometida, pelo estresse e falta de água e nutrientes durante o tempo de viagem.

Mas a idéia é do paisagismo instantâneo, o “bonito agora”.

A impressão que se tem é que ninguém mais tem paciência e prazer em ver a planta crescer, florescer e frutificar, desejam tudo pronto.

Condomínios e muitos proprietários empresariais e particulares também estão optando por esta idéia o que tem feito surgir empresas especializadas em transporte e plantios de grandes mudas.

O transplante de palmeiras ou árvores gasta muita água

regando plantasDo ponto de vista sustentável, é realmente lamentável se um exemplar arbóreo tiver de ser sacrificado para a abertura de uma rua.
Pode ser justificado o esforço do transplante e seu gasto considerável principalmente para árvores nativas protegidas por lei.

Também há a idéia de que mudas grandes necessitam de menor quantidade de água do que uma muda que está crescendo. Isto não é uma idéia muito correta.

Uma planta que sofre transplante necessita de grande quantidade de água na época da cura e também após o plantio durante muitos meses e até anos.

O manejo é especializado e exige muita mão-de-obra. O acompanhamento pós-plantio é também indispensável, com regas muito frequentes em locais muitas vezes sem abastecimento de água, como em ruas e avenidas.

1
2
3
4
Miriam Stumpf é engenheira agrônoma formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ministra aulas de jardinagem e paisagismo sustentável e é autora de vários livros, entre estes o Guia de Produção para Plantas Medicinais, aromáticas e flores comestíveis. Faz projetos de paisagismo sustentável.