Nos Estados do Nordeste e Norte do Brasil – e agora também no Sudeste e Centro Oeste – o cultivo do coqueiro representa uma das plantas mais importantes na produção nacional.
Suas lavouras possibilitam emprego para muita gente – não somente no cultivo da muda mas também na colheita dos frutos e industrialização de mais de uma centena de produtos diretos e indiretos.
Toda a planta tem aproveitamento econômico rentável e mesmo os que não são envolvidos diretamente no cultivo tem no coqueiro uma fonte de renda. Confira.
Aproveitamento Direto do Fruto: O Coco Verde ou Seco
O Coco Fresco
O coco in natura, consumido em todos os lugares, mesmo distantes da fonte de produção, é cortado numa extremidade, onde um canudo é introduzido e a pessoa pode degustar a água, repleta de nutrientes e muito saudável.
Se partir o fruto, a polpa ainda em formação é muito saborosa.
Água de Coco
A indústria aproveita a água do coco verde, engarrafando-a em embalagens TetraPak e latas.
A Polpa do Coco Seco
A parte interna do endocarpo é carnosa, rica em óleo e diversos elementos nutricionais, servindo para a fabricação de leite e óleo de coco.
É também comercializado já ralado seco ou congelado para as receitas de doces e salgados.
A cozinha baiana é famosa pelas receitas que empregam o coco ralado.
O Óleo de Coco e Derivados
Antigamente somente se fazia uso da gordura de coco para receitas culinárias e fabricação de sabões em barra ou líquido para lavar roupas finas.
Agora o aproveitamento é sem dúvida muito maior, pois tem entrado na área da perfumaria e cosmética em forma de loções, xampus e cremes para o corpo.
Bagaço do Coco
Na indústria havia grandes morros de lixo dos frutos processados na indústria.
Atualmente todos os frutos são usados em diversos tipos utilização no paisagismo e jardinagem.
Coco seco em pedaços são usados como substrato para cultivo, como forração inerte de canteiros além de produção de placas e recipientes resinados que são utilizados em projetos de paisagismo.
São leves e indicados para o cultivo de orquídeas, samambaias e outras plantas pendentes.
Como o uso do xaxim foi proibido, pois este é considerado espécie em extinção, os recipientes de coco preenchem muito bem a demanda.
Utilização das Fibras das Estipes (Tronco) do Coqueiro
As fibras das cascas das estipes são matéria prima para estofamento dos bancos de veículos e podem servir também para fazer colchões e tapeçarias.
Processamento das Fibras do Coco
O coco é processado, produzindo fibras, pedaços pequenos e pó.
As fibras longas são usadas prensadas em um tecido de aniagem, enrolados como rocamboles e embaladas com plastico, com o destino para mantas vegetal para contenção de barrancos.
Após a estabilização do barranco, são semeados com espécies de plantas apropriadas para este tipo de área.
Sobre elas são distendidas ladeira abaixo as mantas de anigem e fibra de coco.
A seguir, com uma irrigação com material orgânico sobre o local, as plantas germinadas tem nutrientes para crescer. Em pouco tempo o barranco está vegetado, impedindo a erosão;
As fibras pequenas são utilizadas em semeadura, cobrindo as embalagens de plástico ou isopor em empresas que comercializam plugs de mudinhas de hortaliças.
A nutrição das mudinhas após a emergência é feita por adubação líquida.
As fibras são leves, com muitos poros de ar, propiciam bom ambiente para o crescimento das raízes das mudas até a fase de transplante.
O pó é utilizado para adubação orgânica, misturado a compostos orgânicos vegetais e animais, retornando para a terra.
As fibras de qualquer tamanho estão sendo utilizadas na própria produção do coqueiro, colocado a uma distância de 0,50 m ao redor do pé, propiciando menor evaporação da água de regas, com o tempo decomposto por micro-organismos e virando terra.
As fibras também têm potencial para a fabricação de embalagens orgânicas, podendo ser utilizadas pela fruticultura para a proteção de diversos frutos para seguir para distantes locais, diminuindo o risco de danos físicos e minimizando o uso do papel.
No artesanato, o uso do mesocarpo duro permite a fabricação de recipientes, colares, móbiles e outros trabalhos, no rico artesanato brasileiro.
Também as folhas podem ser utilizadas para confeccionar esteiras, chapéus, biombos e telhados rústicos para gazebos e coberturas de automóveis.