A extrusão do PVC exige máquina robusta, de boa qualidade mecânica e, no mínimo, com tratamento de nitretação nas partes internas para evitar corrosão.

Mesmo com os tratamentos exigidos para a rosca da extrusora, seu desgaste é inevitável, devendo a mesma ser “recalibrada” ou sofrer recobertura pelo menos duas vezes ao ano, dependendo da quantidade de material extrudado.

Se este procedimento preventivo não for seguido, perde-se em produtividade, em qualidade do produto, eleva-se o consumo de energia e corre-se o risco de danificar o equipamento, gerando custos extras de produção.

As extrusoras podem ter corte do material no cabeçote (saída do equipamento) ou produzir o chamado “espaguete” (através de um molde perfurado), a ser “picotado” posteriormente no granulador.

O uso de um trocador de telas automático é importante para o processo, mas não é imprescindível.
Geralmente, trabalha-se com zonas de aquecimento variando entre 150 e 220°C.

O material resultante da extrusão, o “espaguete”, precisa, então, ser resfriado.
Esta etapa é realizada nas chamadas calhas ou banheiras de resfriamento, que utilizam água fria (ou à temperatura ambiente).

Após o resfriamento, o material é “picotado” em grânulos de tamanho padronizado (3 mm), em um granulador (picotador), que trabalha com facas de corte muito sensíveis.
Esta etapa determina o fim do processo e o material é, então, embalado e estocado.

O PVC reciclado é embalado em sacos plásticos de polietileno, ou de papel, de 25 kg.
O material processado desta forma é vendido como PVC flexível reciclado.

Dependendo de suas características, o material reciclado pode ser conformado por injeção ou extrusão, obtendo-se, como produtos finais, solados em geral, manoplas, mangueiras, e outros.

Reciclagem do PVC “Rígido”

Os resíduos de PVC rígido, quando têm origem na indústria são, geralmente, por ela própria reprocessados.
Quando sua procedência é a coleta seletiva, lixões e outras fontes, encontram-se, muitas vezes, contaminados com outras resinas.

Um dos piores problemas de contaminação no processo de reciclagem, é o apresentado pelas resinas PVC e PET.
Ambas possuem densidade em torno de 1,3 – 1,35 g/cm3 e não são, portanto, separáveis pelo método de flotação convencional.

Se o PET estiver contaminado com PVC, este se degradará durante o processamento do PET, devido à elevada temperatura exigida.
Se o PET, entretanto, estiver contaminando o PVC, deverá ser eliminado do processo, por filtração, pois não funde à temperatura de processamento deste.

A reciclagem do PVC rígido é bastante simples quando o resíduo está “limpo”, permitindo a supressão das etapas de lavagem e secagem.
Usualmente, o resíduo é moído, com recuperação do pó gerado, que retorna ao processo junto com o material moído.
Este material, de acordo com a sua característica e/ou de acordo com o que se deseja produzir, é aditivado em uma moega e, usualmente, enviado diretamente para uma extrusora ou injetora.

Apesar da conhecida sensibilidade térmica do PVC rígido, ele pode ser reprocessado.
Em alguns casos, é aconselhável a adição de estabilizantes ou lubrificantes à formulação a ser reciclada.
O resíduo é moído, lavado e recuperado em um processo semelhante ao do PVC flexível.

O PVC rígido reciclado tem sido utilizado, entre outras aplicações, na conformação de conduítes elétricos e tubos para baixa pressão.
A produção de tubos é sensível a contaminações com papel, poliestireno e polietileno, que alteram as propriedades físicas das peças produzidas.

fonte: institutodopvc.org